segunda-feira, 19 de maio de 2008

Revolta dos Malês



A HISTÓRIA da REVOLTA dos MALÊS, suas CAUSAS, OBJETIVOS, IDEAIS e o FIM da REVOLTA.
Revolta dos Malês: insatisfação contra a escravidão e imposição religiosa
Introdução:

A Revolta dos Malês foi um movimento que ocorreu na cidade de Salvador (província da Bahia) entre os dias 25 e 27 de janeiro de 1835. Os principais personagens desta revolta foram os negros islâmicos que exerciam atividades livres, conhecidos como negros de ganho (alfaiates, pequenos comerciantes, artesãos e carpinteiros). Apesar de livres, sofriam muita discriminação por serem negros e seguidores do islamismo. Em função destas condições, encontravam muitas dificuldades para ascender socialmente.

Causas e objetivos da Revolta:
Os revoltosos, cerca de 1500, estavam muito insatisfeitos com a escravidão africana, a imposição do catolicismo e com o preconceito contra os negros. Portanto, tinham como objetivo principal a libertação dos escravos. Queriam também acabar com o catolicismo (religião imposta aos africanos desde o momento em que chegavam ao Brasil), com o confisco dos bens dos negros e mulatos e a implantação de uma república islâmica.
Desenvolvimento da revolta:
De acordo com o plano, os revoltosos sairiam do bairro da Vitória (Salvador) e se reuniriam com outros malês vindos de outras regiões da cidade. Invadiriam os engenhos de açúcar e libertariam os escravos. Arrecadaram dinheiro e compraram armas para os combates. O plano do movimento foi todo escrito em árabe.
Fim da Revolta:

Uma mulher contou o plano da revolta para um Juiz de Paz de Salvador. Os soldados das forças oficiais conseguiram reprimir a revolta. Bem preparados e armados, os soldados cercaram os revoltosos na região de Água de Meninos. Violentos combates aconteceram. No conflito morreram sete soldados e setenta revoltosos. Cerca de 200 integrantes da revolta foram presos pelas forças oficiais. Todos foram julgados pelos tribunais. Os líderes foram condenados à pena de morte. Os outros revoltosos foram condenados a trabalhos forçados, açoites e degredo (enviados para a África). O governo local, para evitar outras revoltas do tipo, decretou leis proibindo a circulação de mulçulmanos no período da noite bem como a prática de suas cerimônias religiosas.

Curiosidade:

O termo “malê” é de origem africana (iorubá) e significa “O Mulçulmano”.

Texto retirado do site:

Índios do Brasil



Os nossos índios são considerados de origem asiática. A hipótese mais aceita é que os primeiros habitantes das Américas tenham vindo da Ásia e atravessado a pé o Estreito de Bering, na glaciação de 62 mil anos atrás. Pesquisas arqueológicas em São Raimundo Nonato, no interior do Piauí, registram indícios de presença humana datados de 48 mil anos atrás. O primeiro inventário dos nativos brasileiros só foi feito em 1884, pelo viajante alemão Karl von den Steinen, que registrou a presença de quatro grupos ou nações indígenas: tupi-guarani, jê ou tapuia, nuaruaque ou maipuré e caraíba ou cariba.


Estima-se que, em 1500, existiam de 1 milhão a 3 milhões de indígenas no Brasil. Em cinco séculos, a população indígena reduziu-se aos atuais 270 mil índios, o que representa 0,02% da população brasileira. São encontrados em quase todo o país, mas a concentração maior é nas regiões Norte e Centro-Oeste.


No início da colonização, os índios foram escravizados. O aprisionamento foi proibido em 1595, mas a escravização, a aculturação e o extermínio deliberado continuaram e resultaram no desaparecimento de vários grupos.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

PAISAGEM




Árvore, a árvore, papagaio lá.
Arara sentada.
Arara amarela.
Arara somente.
O guariba, o mutum, mutum somente.
O papagaio, arara, coatipuru,
Cairara novo, coatá, guariba,
O tatu, o tatu-canastra,
Inambu-galinha, inambu-tona,
Inambu-tona novo, o jacu,
O guariba, coatipuru filho novo.
Adulto, adulto yãnomam
Mora espalhado.
A arara.

(Mitopoemas Yãnomam.)

Que bloco é esse? Ilê Ayê



Somo crioulo doido e somo bem legal.
Temos cabelo duro é só no black power.
Somo crioulo doido e somo bem legal.
Temos cabelo duro é só no black power.

Que bloco é esse?
Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).

Que bloco é esse?
Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).

Branco, se você soubesse o valor que o preto tem.
Tu tomavas banho de piche, branco, e ficava negrão também.
E não te ensino a minha malandragem.
Nem tão pouco minha filosofia, não ?
Quem dá luz a cego é bengala branca em Santa Luzia.

Que bloco é esse?
Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
Que bloco é esse?
Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).

Somo crioulo doido e somo bem legal.
Temos cabelo duro é só no black power.
Somo crioulo doido e somo bem legal.
Temos cabelo duro é só no black power.

Que bloco é esse?
Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).

Que bloco é esse?
Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).


Valor da Raça

Se a pele é branca,
Onde está a diferença?
No corpo, na alma, na cultura, na crença?
Se a pele é negra,
O que dela se pensa?
Ainda está longe da igualdade.
Brasil, terra imensa
Onde o negro escreveu sua história
De luta, de raça e valor
Buscando dignidade e glória.
Hoje o negro no Brasil
Quer liberdade sim, senhor!

Autora: Jéssica Arruda



SOU NEGRO
A Dione Silva

Sou Negro, meus avós foram queimados pelo sol da África minh'alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs.

Contaram-me que meus avós vieram de Luanda como mercadoria de baixo preço, plantaram cana pro senhor do engenho novo e fundaram o primeiro Maracatu.

Depois, meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi.

Era valente como quê!

Na capoeira ou na faca escreveu não leu o pau comeu!

Não foi um pai João humilde e manso.
Mesmo vovó não foi de brincadeira.

Na guerra dos Malês ela se destacou.

Na minh'alma ficou

o samba

o batuque

o bamboleio

e o desejo de libertação...

(Solano Trindade)

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Descobrimento do Brasil




Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. À primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril foi celebrada a primeira missa no Brasil.


Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.


A chegada dos portugueses ao Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando em nome da Espanha, chegou à América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária ( 200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha.


Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, tirando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa. Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas.


Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses de perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses. Navegadores e piratas destes povos, estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.

Cabo de Guerra


Jogo de Origem Indígena
Modalidade praticada para medir a força física, o cabo-de-guerra é muito aceito entre as etnias que participam dos Jogos Indígenas, como atrativo emocionante, que arranca manifestação da torcida indígena e do público em geral. Permite a demonstração do conjunto de força física e técnica, que cada equipe possui. É uma das provas mais esperadas pelos atletas, pois muitas equipes treinam intensamente em suas aldeias, puxando grandes troncos de árvores. Isso porque, para os indígenas a força física é de suma importância, dando o caráter de destaque e reconhecimento entre todos. Na preparação de seus guerreiros, os índios sempre procuraram meios de desenvolver e medir a coragem e os limites de sua capacidade na força física.


É realizada desde os I Jogos por atletas, com a participação de homens e mulheres. Competição/Prova: Cada delegação poderá inscrever no máximo duas equipes (masculina e feminina), compostas de 10 atletas e dois reservas. Haverá sorteio para compor as chaves de acordo com o número de equipes inscritas. Será utilizado o sistema de eliminatória simples na primeira e em todas as fases subseqüentes, até se chegar a um ganhador maior. Detalhes serão definidos no Congresso Técnico.

Amarelinha




Amarelinha, Macaquinho ou Academia é um jogo ginástico infantil muito antigo e muito espalhado por todo o Brasil. No Brasil é dividida em corpo (ABC), asas, braços ou descanso (DD), pescoço ou inferno (E) e cabeça, céu ou lua (F). Também pode ser com casas numeradas e no topo (Céu), descanso, etc. Jogam impelindo com um único pé uma pedra chata até a Lua e volvendo ao princípio do corpo, a primeira casa, sem socorrer-se do outro pé. Apenas no descanso é permitido pôr um pé de cada lado.


A outra forma de jogar a Amarelinha é colocar a pedra na primeira casa e ir saltando num só pé através de todo o desenho e voltar. Passa a pedrinha para a segunda casa e assim sucessivamente até a Lua e regresso ao princípio. Perde a vez de jogar quem trisca (toca) o solo com os dois pés ou pisa na linha do gráfico.

A Academia ou Cademia é conhecida como Amarelinha ou Marelinha no Rio de Janeiro, Maré em Minas Gerais, Avião no Rio Grande do Norte. Na Bahia dizem Pular Macaco ou Macaquinho. Em Portugal é chamado de Jogo da Macaca, Pular Macaca ou Jogar Macaca (Norte). Na Espanha: Cuadrillo, Infernáculo, Reina Mora, Pata Coja. No Chile é a Rayuela, assim como no Peru. No Chile a conhecem também por Luche. Na Colômbia é Coroza ou Golosa. Na França é Marelle, de onde provêm os nossos Amarelinha e Maré. Nos Estados Unidos é jogo de Elementary and Junior High School e tem nome de Hop Scotch.


Maria Cadilha de Martinez (Juegos y Canciones Infatiles de Puerto Rico, 68-69, San Juan, 1940) o denomina La Peregrina, dizendo-o (baseada no Onomasticon, de Júlio Pólux, cap. 14) idêntico ao Jogo de Odres dos romanos e as Ascólias dos gregos, popularíssimo nas dionisíacas campestres. Estes eram jogos de equilíbrio, em cima de odres feitos com a pele do bode e untados de azeite para que melhor escorregassem os contendores.